terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Cao Obediente

Imagine um cao de caça grande e bem treinado. Ele acompanha o seu dono em uma visita a uma família onde, como costuma acontecer com freqüência na nossa geraçao, há um grupo de jovens mal-comportados. Os olhos deles mal caem sobre o cao e eles já começam a tratá-lo da pior maneira possível. O cao, que foi bem treinado, diferente desses jovens, fixa os olhos no seu dono para ter certeza do que ele espera que seja feito, de acordo com a expressao facial dele. E o cao entende que o olhar do dono significa que ele deve aceitar o mal-tratamento, tomá-lo como se fosse de fato um carinho conferido a ele. Por causa disso, obviamente, os jovens se tornam ainda mais brutais, e por fim crêem que esse deve ser um cao prodigiosamente estúpido, que aceita tudo o que fazem com ele.

Enquanto isso, o cao está preocupado somente com uma coisa: o que o olhar do seu dono o comanda a fazer. E eis que o olhar se alterou de repente; agora significa - e o cao entende de imediato – que ele deve usar sua força. Nesse momento, com um só salto, ele dominou o maior dos garotos e o atirou ao chao - e agora ninguém pode pará-lo, exceto o olhar do dono, e no mesmo instante ele volta a se comportar como no momento anterior. Exatamente assim acontece comigo.

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