quarta-feira, 7 de julho de 2010

O amor ao próximo

"Pois a sabedoria de Deus é incomparável em relação à sua, e a providência de Deus não é obrigada a ser responsável pela sua malandragem. Você deve apenas obedecer em amor. A um homem, ao contrário, você deve apenas - porém não, isso é a coisa mais importante - você deve amar um homem como a si mesmo; se você consegue perceber melhor do que ele o que é o melhor para ele, entao você não poderá inventar desculpas para si mesmo pelo fato de que a coisa má foi um desejo dele próprio, que foi aquilo que ele mesmo pediu."

Fonte: "Obras do Amor" (1847)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Cristo e o exame na História

"No caso de um homem, é justo dizer que as consequências de sua vida são mais importantes que sua própria vida. Quando uma pessoa então busca descobrir quem foi Cristo, e ensaia projetar uma conclusao lógica a partir das consequências de Sua vida - ele o torna eo ipso um simples homem, um homem como qualquer outro, que é obrigado a passar nesse exame na História... [porém] o retorno de Cristo em glória é algo completamente diferente, é algo para ser crido."

Fonte: "Training in Christianity" (1850)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

As Preocupações da Abundância

"Riqueza e abundância vêm hipocritamente vestidas de cordeiro, sob o disfarce de nos resguardar das preocupações e então se tornam, elas mesmas, o objeto de preocupação, se tornam a própria preocupação. Elas resguardam a pessoa das preocupações exatamente da mesma forma que um lobo, com a tarefa de cuidar dos cordeiros, os resguarda... do lobo!"

"Discursos Cristãos: As Preocupações da Abundância" (1848)

quarta-feira, 31 de março de 2010

Renúncia

"Aquele que nega a si mesmo e se sacrifica pelo cumprimento do dever renuncia o finito para alcançar o infinito, e aquele homem está em segurança o suficiente... mas aquele que renuncia o universal para alcançar algo ainda mais superior, que não é o universal - o que ele está fazendo?"

Fonte: "Temor e Tremor" (1843)

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Contemporaneidade com Cristo

"Existe uma diferença infinitamente abismal entre Deus e o homem e portanto tornou-se claro, na situação contemporânea, que o ato de tornar-se um cristão (ser transformado à semelhança de Deus) é, falando humanamente, um tormento e uma miséria e uma dor ainda maior que o maior de todos os tormentos humanos, e além disso um crime aos olhos dos contemporâneos. E assim sempre se provará verdadeiro, caso tornar-se um cristão realmente venha a significar tornar-se contemporâneo com Cristo. E caso tornar-se um cristão não venha a significar isso, então toda essa conversa sobre tornar-se um cristão é futilidade, extravagância e vaidade..."

Fonte: "Prática em Cristianismo" (1850)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Demonstrando a Verdade do Cristianismo

"Um professor de teologia, que escreveu um livro novo sobre as demonstrações da verdade do cristianismo com a ajuda de tudo o que já tinha sido escrito antes, sentiria-se insultado se alguém não admitisse que agora tudo estava demonstrado; o próprio Cristo, porém, não diz nada além do que dizer que as demonstrações são capazes de levar alguém, não à fé (longe disso!), mas ao ponto onde a fé pode vir à existência, ao ponto onde são capazes de ajudar alguém a se tornar alerta, e com isso ajudá-lo a chegar a uma tensão dialética, de onde surge a fé: você vai crer ou você vai se escandalizar."

Fonte: "Prática em Cristianismo: A Exposição - B" (1850)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cuspiram em Jesus

"Quando eu era uma criança, eu fui ensinado que cuspiram em Jesus. Agora eu sou uma pobre e humilde pessoa, um pecador, então esse ensinamento vai descer mais facilmente. Esse, como você pode ver, é o silogismo cristão, e não o nonsense sacerdotal que diz: "seja bom, amigável e altruísta, e as pessoas te amarão - pois Cristo, que era amor, for amado pelos homens..."

Na eternidade, não há ninguém que será julgado tão severamente quanto esses sacerdotes profissionais. Eles são, do ponto de vista da eternidade, o que as prostitutas são na temporalidade."

Fonte: Diário de Kierkegaard (1848)