tag:blogger.com,1999:blog-50372761456929973822024-03-08T13:35:25.402-08:00Kierkegaard diz!Coletânea de textos do teólogo e filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard, aquele que trouxe um pouco de luz às trevas que cobrem o mundo "cristão" há quase dois mil anos.Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.comBlogger53125tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-63276142002161161312010-07-07T03:45:00.000-07:002010-07-07T03:51:04.302-07:00O amor ao próximo<span style="font-style: italic;">"Pois a sabedoria de Deus é incomparável em relação à sua, e a providência de Deus não é obrigada a ser responsável pela sua malandragem. Você deve apenas obedecer em amor. A um homem, ao contrário, você deve apenas - porém não, isso é a coisa mais importante - você deve amar um homem como a si mesmo; se você consegue perceber melhor do que ele o que é o melhor para ele, entao você não poderá inventar desculpas para si mesmo pelo fato de que a coisa má foi um desejo dele próprio, que foi aquilo que ele mesmo pediu."</span><br /><br />Fonte: "Obras do Amor" (1847)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-79661350908982959262010-07-05T05:34:00.000-07:002010-07-05T05:39:35.734-07:00Cristo e o exame na História<span style="font-style: italic;">"No caso de um homem, é justo dizer que as consequências de sua vida são mais importantes que sua própria vida. Quando uma pessoa então busca descobrir quem foi Cristo, e ensaia projetar uma conclusao lógica a partir das consequências de Sua vida - ele o torna </span>eo ipso<span style="font-style: italic;"> um simples homem, um homem como qualquer outro, que é obrigado a passar nesse exame na História... [porém] o retorno de Cristo em glória é algo completamente diferente, é algo para ser crido."</span><br /><br />Fonte: "Training in Christianity" (1850)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-29994405051422577362010-05-19T04:39:00.000-07:002010-05-19T04:47:28.311-07:00As Preocupações da Abundância<span style="font-style: italic;">"Riqueza e abundância vêm hipocritamente vestidas de cordeiro, sob o disfarce de nos resguardar das preocupações e então se tornam, elas mesmas, o objeto de preocupação, se tornam a própria preocupação. Elas resguardam a pessoa das preocupações exatamente da mesma forma que um lobo, com a tarefa de cuidar dos cordeiros, os resguarda... do lobo!"</span><br /><br />"Discursos Cristãos: As Preocupações da Abundância" (1848)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-49016593209988384542010-03-31T05:03:00.000-07:002010-03-31T05:06:47.193-07:00Renúncia<span style="font-style: italic;">"Aquele que nega a si mesmo e se sacrifica pelo cumprimento do dever renuncia o finito para alcançar o infinito, e aquele homem está em segurança o suficiente... mas aquele que renuncia o universal para alcançar algo ainda mais superior, que não é o universal - o que ele está fazendo?"</span><br /><br />Fonte: "Temor e Tremor" (1843)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-57000427896346400962010-03-15T13:38:00.000-07:002010-03-15T14:16:10.583-07:00A Contemporaneidade com Cristo<div>"Existe uma diferença infinitamente abismal entre Deus e o homem e portanto tornou-se claro, na situação contemporânea, que o ato de tornar-se um cristão (ser transformado à semelhança de Deus) é, falando humanamente, um tormento e uma miséria e uma dor ainda maior que o maior de todos os tormentos humanos, e além disso um crime aos olhos dos contemporâneos. E assim sempre se provará verdadeiro, caso tornar-se um cristão realmente venha a significar tornar-se contemporâneo com Cristo. E caso tornar-se um cristão não venha a significar isso, então toda essa conversa sobre tornar-se um cristão é futilidade, extravagância e vaidade..."<br /></div><br /><div>Fonte: "Prática em Cristianismo" (1850)</div>Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-26701580402341583962009-12-11T05:10:00.000-08:002009-12-11T05:43:36.993-08:00Demonstrando a Verdade do Cristianismo"Um professor de teologia, que escreveu um livro novo sobre as demonstrações da verdade do cristianismo com a ajuda de tudo o que já tinha sido escrito antes, sentiria-se insultado se alguém não admitisse que agora tudo estava demonstrado; o próprio Cristo, porém, não diz nada além do que dizer que as demonstrações são capazes de levar alguém, não à fé (longe disso!), mas ao ponto onde a fé pode vir à existência, ao ponto onde são capazes de ajudar alguém a se tornar alerta, e com isso ajudá-lo a chegar a uma tensão dialética, de onde surge a fé: você vai crer ou você vai se escandalizar."<br /><br />Fonte: "Prática em Cristianismo: A Exposição - B" (1850)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-88522059216601521562009-11-23T07:56:00.000-08:002009-11-23T08:01:55.897-08:00Cuspiram em Jesus<em>"Quando eu era uma criança, eu fui ensinado que cuspiram em Jesus. Agora eu sou uma pobre e humilde pessoa, um pecador, então esse ensinamento vai descer mais facilmente. Esse, como você pode ver, é o silogismo cristão, e não o nonsense sacerdotal que diz: "seja bom, amigável e altruísta, e as pessoas te amarão - pois Cristo, que era amor, for amado pelos homens..." </em><br /><em></em><br /><em>Na eternidade, não há ninguém que será julgado tão severamente quanto esses sacerdotes profissionais. Eles são, do ponto de vista da eternidade, o que as prostitutas são na temporalidade."</em><br /><br />Fonte: Diário de Kierkegaard (1848)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-21878148657144848892009-11-17T04:29:00.001-08:002009-11-17T04:34:52.939-08:00O homem espiritual e a multidão"O homem espiritual difere de nós, homens, por ser capaz de suportar o isolamento, sua posição como homem espiritual é proporcional à sua força em suportar o isolamento, enquanto nós homens estamos constantemente em necessidade de 'outros', a multidão; nós morremos, ou nos desesperamos, se não somos reassegurados por estar no meio da multidão, por ter a mesma opinião que a multidão."<br /><br />Fonte: Ataque à "Cristandade" (1854)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-13853817215494109902009-11-13T04:13:00.000-08:002009-11-13T04:19:23.972-08:00A Vingança<em>"Todo mundo se vinga nesse mundo. Minha vingança consiste em suportar meu sofrimento e minha agonia guardados profundamente dentro de mim, enquanto meu riso entretem a todos. Se eu vejo alguém sofrer, eu ofereço a ele minha simpatia, consolo-o da melhor forma que posso, e ouço a ele calmamente enquanto ele me assegura de que eu sou afortunado. Se eu apenas conseguir manter esse ritmo até o dia de morrer, eu terei tido minha vingança."</em><br /><br />Fonte: Diários (1837)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-46902360171272021362009-10-31T09:37:00.000-07:002009-10-31T09:42:46.158-07:00Bem-aventurado aquele que sofre zombaria por uma boa causa<p style="font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10pt;">Imagine um ajuntamento de pessoas de mentalidade mundana e temerosa, cuja mais alta lei em tudo é uma importância escravizante pelo que os outros, "eles", dizem e julgam, cuja única preocupação é aquela preocupação não-crista de que "por toda parte eles falem bem" deles, cujo objetivo admirado é ser exatamente como os outros, cuja única inspiração e cuja única idéia aterrorizante é a maioria, a multidão, a aprovação dela - a desaprovação dela. </span></span><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10pt;" lang="EN-GB">Imagine tal reuniao ou multidão de cultuadores e devotos do medo do povo, ou seja, uma reunião dos honrados e estimados (por que tais pessoas não deveriam honrar e estimar umas às outras? Honrar os outros, afinal de contas, é bajular a si mesmo!) e imagine que esse agrupamento seja supostamente (sim, <st1:place st="on"><st1:city st="on">como</st1:city></st1:place> acontece numa comédia), seja supostamente formada por cristãos. Diante desse agrupamento cristão um sermão é pregado com as seguintes palavras: 'bem-aventurado aquele que sofre zombaria por uma boa causa!'</span></span></p><p style="font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10pt;" lang="EN-GB">Mas é bem-aventurado aquele que sofre zombaria por uma boa causa!</span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10pt;" lang="EN-GB">Fonte: Discursos Cristãos: "Mas é bem-aventurado aquele que sofre zombaria " (1848)<o:p></o:p></span></span></p>Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-54275308383760312462009-10-22T03:39:00.000-07:002009-10-22T03:41:24.053-07:00A aflição<em>"Então eles se assentaram em sua aflição silenciosa: eles não se endureceram contra a consolação do mundo; eles foram humildes o suficiente para reconhecer que a vida é um ditado obscuro, e da mesma forma que em pensamento eles foram rápidos em escutar para ver se poderia haver uma palavra explicatória, eles também foram lentos em falar e lentos em irar-se. Eles não presumiram desistir da palavra; eles apenas esperaram chegar a hora oportuna. Se ela viesse, então eles seriam salvos. Tal era a fé deles; e de fato pode ocorrer... Ou há somente um espírito que testifica no céu, mas nenhum espírito que testifica na terra?"</em> <br />Fonte: "Two Upbuilding Discourses" (1843)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-53574104718807655802009-10-13T05:10:00.000-07:002009-10-13T05:18:19.593-07:00Festividades "cristãs"O cristianismo dos sacerdotes, com a ajuda da religião (que, oras, é usada precisamente para trazer o oposto), é directionada para cimentar juntas as famílias de forma mais e mais egoísta, e para organizar festividades familiares, belas, esplêndidas festividades familiares, por exemplo os batismos infantis e confirmações, cujas festividades, comparadas por exemplo com excursões no Parque das Renas e outras diversões familiares, possuem um encantamento peculiar pelo fato de serem "também" religiosas. "Ai de vocês", diz Cristo aos 'advogados' (os interpretadores das Escrituras), "pois vocês roubaram a chave do conhecimento, vocês mesmos não entraram e atrapalharam aqueles que estavam entrando".<br /><br />Fonte: Ataque à "Cristandade" (1854-55)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-13062129902160748842009-10-09T01:58:00.000-07:002009-10-09T02:01:48.071-07:00Sobre o Clero Profissional... Cristo nao apontou professores, mas seguidores. Se o Cristianismo... não é replicado na vida da pessoa que a expõe, então ele não expõe o Cristianismo, pois o Cristianismo é uma mensagem sobre a vida e só pode ser exposta ao ser realizada nas vidas dos homens.Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-61890324106140049632009-10-09T01:53:00.001-07:002009-10-09T01:53:37.588-07:00Sobre a Apostasia(Em resposta à pergunta retórica de Jesus em Lucas 18:8 "Quando o Filho do Homem retornar, seráque ele ainda encontrará fé sobre a terra?")<br /><br />A apostasia do Cristianismo não vai vir abertamente com todo mundo renunciando o Cristianismo;não, ela virá de forma esperta, matreira e patife, com todo o mundo assumindo o nome de cristão, pensando que dessa forma todos estariam mais seguramente protegidos contra... o Cristianismo,o Cristianismo do Novo Testamento, do qual as pessoas têm medo; e portanto os sacerdotes industriais inventaram, sob o nome de Cristianismo, uma carne macia que tem um sabor delicioso,para o qual os homens entregam seu dinheiro com prazer.Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-90403337157273145692009-10-09T01:45:00.001-07:002009-10-09T01:45:52.233-07:00Sobre as vestes eclesiásticasA imagem mais descritiva de um sacerdote é essa: ele anda em vestes compridas, algo que Cristo, porém, não exatamente recomenda quando ele diz em Marcos e em Lucas (Mc 12:38; Lc 20:46): "Cuidado com aqueles que andam em vestes compridas."Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-86862695041107086572009-09-24T05:26:00.000-07:002009-09-24T05:27:34.339-07:00<em>"Crer" é crer no divino e no humano unidos em Cristo. Compreendê-Lo é compreender a vida Dele humanamente. Mas compreender a vida Dele humanamente está tão longe de ser algo mais do que simplesmente acreditar, ao ponto que signifca perdê-Lo caso não haja a fé adicional no divino-humano, pois Sua vida é o que é somente pela fé. Eu posso entender a mim mesmo por crer. Eu posso entender a mim mesmo por crer, apesar de que eu possa compreender adicionalmente, num relativo mal-entendido, o aspecto humano dessa vida: mas compreender a fé ou compreender Cristo, eu não posso. Ao contrário, eu posso entender que ser capaz de compreender a vida Dele em cada aspecto é o mal-entendido mais absoluto e mais blasfemo.</em><br /><br />Fonte: "Dois Ensaios Ético-Religiosos: Um Ser Humano Tem o Direito de se Deixar ser Morto pela Verdade?" (1849)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-40840071140301346562009-09-23T03:07:00.000-07:002009-09-23T03:14:38.136-07:00Cristianismo acadêmico<em>"Também em nossos dias há um papo sobre isso, que o Cristianismo não deve ser exibido artificialmente, bombasticamente, mas sim de forma simples - e através da troca de idéias eles lutam por isso, eles escrevem livros sobre isso; e se torna um ramo acadêmico por si só, e talvez alguém até mesmo transforme tudo isso num modo de sustento e se torna um professor no assunto, omitindo ou esquecendo que a simplicidade real, a exposição realmente simples do que é essencialmente cristão é... praticá-lo."</em><br /><br />Fonte: "Julgue por Si Mesmo!" (1851)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-18498369979267012742009-09-22T03:00:00.000-07:002009-09-22T03:06:31.167-07:00Castigo aos SacerdortesO castigo que eu poderia desejar aplicar aos sacerdotes seria: oferecer a cada um deles uma renda dez vezes maior do que eles têm agora... mas sem ter uma pessoa sequer na igreja. Mas naturalmente eu devo recear que nem o mundo e nem os sacerdotes entenderiam esse castigo, por mais ideal que fosse.<br /><br />Se alguém - façamos um exercício mental -, se alguém fosse capaz de provar conclusivamente que Cristo nunca existiu, e também os apóstolos, que a coisa toda foi uma invenção; caso não houvesse, da parte do Estado e da congregação, qualquer sinal de eliminar os salários, eu gostaria de ver quantos sacerdotes abandonariam seus postos.<br /><br />A máquina dos 1000 salários continua funcionando bem tranqüila. Isso é perfeitamente possível quando é uma questão do "espírito". O fato de que alguém nã tem um braço ou uma perna não passa desapercebido; mas o "espírito" pode perfeitamente bem ter desaparecido - e a máquina continua funcionando.Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-6144498130676112192009-09-15T03:41:00.000-07:002009-09-15T03:48:06.622-07:00Fé"Fé é contrária ao entendimento; fé está do outro lado da morte. E quando você morrer, ou morrer para si mesmo, para o mundo, entao você também morreu para todo o imediatismo em si mesmo, e também para o seu entendimento. É quando toda a confiança em si mesmo ou no apoio humano é extinta, e também a confiança em Deus numa maneira imediatista, quando toda a probabilidade é extinta, quando tudo é como uma noite escura - é de fato a morte que estamos descrevendo -, entao o Espírito que dá vida vem e traz fé. Essa fé é mais forte que o mundo inteiro; ela tem o poder da eternidade; é o presente do Espírito vindo de Deus, é sua vitória sobre o mundo na qual você é mais que vencedor."<br /><br />(retirado de "For Self-Examination: Recommended to the Present Age" - 1851)Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-61031774305176992782009-09-15T02:11:00.000-07:002009-09-15T02:13:26.063-07:00O CaminhoNo Novo Testamento o Salvador do mundo, nosso Senhor Jesus Cristo, representa a situação da seguinte forma: o caminho que leva à vida é estreito, a porta é apertada - poucos a encontram! - ... agora, ao contrário, para falar só da Dinamarca, todos nós somos cristãos, o caminho é o mais largo possível, o mais largo da Dinamarca, pois é o caminho no qual todos nós estamos andando, além de ser em todos os aspectos o mais conveniente e confortável possível; e a porta é tão espaçosa quanto possível, com certeza uma porta não pode ser tão espaçosa quanto aquela pela qual nós estamos andando <em>en masse</em>... por conseqüência, o Novo Testamento não é mais a verdade.<br /><br /><em>(retirado do jornal "O Instante")</em>Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-88937154567504594672009-09-07T04:26:00.000-07:002009-09-07T04:28:55.494-07:00dos "Diários de Kierkegaard""Ah, os pecados da paixão e do coração - quão mais próximos da salvação do que os pecados da razão!"Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-91790785330779320352009-03-10T04:14:00.001-07:002009-03-10T04:15:00.243-07:00Dependência de DeusA dependência de Deus é a única independência, porque Deus não tem gravidade; somente as coisas dessa terra, especialmente os tesouros terrenos, tem isso - portanto a pessoa que é completamente dependente Dele é leve.Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-83377670989287463912009-02-16T06:29:00.000-08:002009-02-16T06:32:24.376-08:00Ame a Pessoa que Você VêAmar o outro a despeito das suas fraquezas e erros e imperfeições não é o perfeito amor. Não, amar é considerá-lo amável a despeito e junto com suas fraquezas e erros e imperfeições. Vamos entender um ao outro.<br /><br />Suponha que havia dois artistas, e um disse: "Eu viajei muito e vi muito desse mundo, mas eu procurei em vão alguém digno de ser pintado. Eu não encontrei nenhuma face com tal perfeição de beleza que poderia fazer a minha cabeça para pintá-la. Em cada face eu vi uma ou outra falha. Portanto eu busco em vão." Isso indicaria que esse artista foi um grande artista? Em contraste, o segundo disse: "Bem, eu não pretendo ser um artista muito bom, ou sequer ser um artista; nem viajei muito. Mas ficando no pequeno círculo próximo a mim, eu não encontrei nenhuma face tão insignificante ou tão cheio de faltas que eu não pudesse mesmo assim discernir nela um lado mais bonito e descobrir algo glorioso. Portanto eu estou feliz com a arte que eu pratico, apesar de não alegar ser um artista." Isso não indicaria que precisamente esse foi o artista, aquele que por trazer um certo algo consigo encontrou, aqui e ali, aquilo que o artista muito viajado não encontrou em lugar nenhum no mundo, talvez porque ele não trazia consigo um certo algo? Não foi o segundo dentre os dois o artista real?<br /><br />É uma inversão triste, geralmente comum demais, falar e falar sobre como o objeto do amor deveria ser antes que possa ser amado. A tarefa não é encontrar um objeto amável, mas considerar o objeto diante de si amável - seja dado ou escolhido - e ser capaz de continuar considerando esse objeto amável, não importa o quanto essa pessoa mude. Amar é amar a pessoa que se vê. Como o apóstolo João nos lembra: "Aquele que não ama seu irmão, a quem ele vê, não pode amar a Deus, a quem ele não vê." (1 Joao 4:20)<br /><br />Considere como Cristo olhou para Pedro, uma vez que ele negou Jesus. Foi um olhar repelente, um olhar de rejeição? Não. Foi um olhar tal como o que uma mãe dá a sua criança quando a criança está em perigo devido à sua própria imprudência. Como ela não pode se aproximar e tomar a criança de perto do perigo, ela a desarma com um olhar reprovador mas salvador. Entao Pedro estava em perigo? Ah, nós não entendemos quão sério é para alguém trair seu amigo. Mas na paixão da raiva ou do ferimento o amigo ferido não consegue ver que o traidor é quem está em perigo. Ainda assim o Salvador viu claramente que era Pedro que estava em perigo, não ele, e que era Pedro que precisava se salvar. O Salvador do mundo não cometeu o erro de considerar sua causa como perdida porque Pedro não correu para salvá-lo. Em vez disso, ele viu Pedro como perdido caso ele não corresse para salvá-lo.<br /><br />O amor de Cristo por Pedro era tão ilimitado que, ao amar Pedro, ele realizou o objetivo de amar a pessoa que se vê. Ele não disse: "Pedro, primeiro você precisa mudar e se tornar outro homem antes que eu possa te amar novamente." Não, ele disse simplesmente o oposto: "Pedro, você é Pedro, e eu te amo; amor, e mais nada, vai te ajudar a se tornar uma pessoa diferente." Cristo não terminou sua amizade com Pedro, e então a renovou quando Pedro se tornou um homem diferente. Não, ele preservou a amizade e dessa forma ajudou Pedro a se tornar um outro homem. Você pensa que Pedro seria ganho de volta, um dia, sem um amor tão fiel como esse?<br /><br />Nós, gente tola, pensamos com freqüência que, quando uma pessoa mudou para pior, nós estamos livres de ter que amá-la. Que confusão de linguagem: estar livre de amar! Como se fosse uma questão de compulsão, um fardo do qual alguém quisesse se livrar! Se é assim que você vê a pessoa, então você realmente não a vê; você só vê indignidade, imperfeição, e admite assim que, quando você a ama, você não viu realmente a pessoa mas viu somente sua excelência e perfeições. O amor verdadeiro é uma questão de amar exatamente a pessoa que se vê. A ênfase não é em amar as perfeições, mas em amar a pessoa que se vê, não importa quais perfeições ou imperfeições aquela pessoa possa possuir.<br /><br />Aquele que ama as perfeições que ele vê na pessoa não vê a pessoa, e portanto não ama verdadeiramente, pois tal pessoa cessa de amar assim que a perfeição cessa. Mas mesmo quando a mudança mais angustiante acontece, a pessoa não deixa de existir por causa disso. O amor não salta para o céu, pois ele vem do céu e junto com o céu. Ele desce e com isso realiza o objetivo de amar a mesma pessoa através de todas as suas mudanças, boas ou más, porque ele vê a mesma pessoa em todas essas mudanças. O amor humano sempre está voando em busca da perfeição do amado. O amor cristão, porém, ama a despeito das imperfeições e fraquezas. Em cada mudança o amor continua com ele, amando a pessoa que ele vê.<br /><br />Ah, nós falamos de encontrar a pessoa perfeita para amá-la. O cristianismo nos ensina que a pessoa perfeita é aquela que ama sem limites a pessoa que ela vê. Nós humanos sempre olhamos para cima buscando o objeto perfeito, mas em Cristo o amor olha para baixo na terra e ama a pessoa que vê. Se então você deseja se tornar perfeito em amor, esforce-se para amar a pessoa que você vê, exatamente da forma que você a vê, com todas as suas imperfeições e fraquezas. Ame-a como você a vê, quando ela se torna extremamente mudada, quando ela não te ama mais, quando ela talvez tenha se afastado em indiferença ou para amar uma outra pessoa. Ame-a como você a vê quando ela te trai e te nega. Ame a pessoa que você vê e veja a pessoa que você ama.Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-2402205842587561342009-02-11T03:09:00.000-08:002009-02-11T03:24:53.336-08:00Seguidores, não AdmiradoresÉ um fato bem conhecido que Cristo consistentemente usou a expressão "seguidor". Ele nunca pediu admiradores, adoradores ou aderentes. Não, ele chama discípulos. Não são aderentes de um ensino mas sim seguidores de uma vida que Cristo está procurando.<br /><br />Cristo entendia que ser um "discípulo" possuía a mais íntima e profunda harmonia com o que ele disse sobre si mesmo. Cristo alega ser o caminho e a verdade e a vida (Joao 14:6). Por esse motivo, ele nunca poderia estar satisfeto com aderentes que aceitavam seu ensino - especialmente com aqueles que em suas vidas ignoravam o ensino ou deixavam as coisas tomarem seu curso normal. Sua vida inteira na terra, do início ao fim, foi destinada somente a ter seguidores e tornar os admiradores algo impossível.<br /><br />Cristo veio para o mundo com o propósito de salvá-lo, não de instrui-lo. Ao mesmo tempo - como é implicado pelo seu trabalho de salvação -, ele veio a ser o padrão, deixar pegadas para a pessoa que se juntaria a ele, que se tornaria um seguidor. É por isso que Cristo nasceu e viveu e morreu em humildade. É absolutamente impossível para qualquer um se desviar do Padrão com desculpas e evasão, argumentando que Ele, no final das contas, possuía vantages terrenas e mundanas que ele não tinha. Nesse sentido, admirar a Cristo é a invenção falsa de uma era posterior, ajudada pela presunção de uma "elevação". Não, não há absolutamente nada para se admirar em Jesus, a não ser que você queira admirar pobreza, miséria e desprezo.<br /><br />Então qual é a diferença entre um admirador e um seguidor? Um seguidor é, ou se esforça para ser aquilo que ele admira. Um admirador, porém, mantém-se pessoalmente à distância. Ele falha em ver que aquilo que ele admira envolve uma afirmação sobre si, e portanto ele falha em ser ou esforçar-se para ser aquilo que ele admira.<br /><br />Querer admirar em vez de seguir a Cristo não é necessariamente uma invenção de pessoas más. Não, é mais a invenção daqueles que, como um contorcionista, mantêm-se separados, que mantêm-se a uma distância segura. Admiradores se relacionam com o admirado somente através de excitação da imaginação. Para eles, ele é como um ator no palco, exceto pelo fato de que, sendo tudo isso a vida real, o efeito que ele produz é de certa forma mais forte. Mas da parte deles, os admiradores fazem as mesmas exigências que sao feitas no teatro: sentar-se com segurança e com calma. Admiradores estão apenas e então somente desejosos de servir a Cristo desde que o devido cuidado seja exercitado, para que ninguém pessoalmente venha a ter contato com o perigo. Dessa forma, eles recusam a aceitar que a vida de Cristo é uma exigência. Na verdade, eles se ofendem com ele. Seu caráter radical e bizarro ofende tanto a eles que, quando eles vêem Cristo honestamente como ele é, eles não são mais capazes de sentir a tranqüilidade que tanto buscam. Eles sabem muito bem que associar-se a ele muito de perto significa estar aberto a um exame. Mesmo quando ele "não diz nada" contra eles pessoalmente, eles sabem que a vida Dele implicitamente julga a deles.<br /><br />E a vida de Cristo de fato torna de fato manifesta, terrivelmente manifesta, a horrível inverdade que é admirar a verdade em vez de segui-la. Quando não há perigo, quando há um silêncio mortal, quando tudo é favorável para o nosso cristianismo, é muito fácil confundir um admirador com um seguidor. E isso pode acontecer muito silenciosamente. O admirador pode viver na ilusão de que a posição que ele toma é a verdadeira, quando na verdade tudo o que ele está fazendo é jogar seguro. Dê consideração, portanto, ao chamado do discipulado!<br /><br />Tendo algum conhecimento qualquer da natureza humana, quem pode duvidar que Judas foi um admirador de Cristo? E nós sabemos que Cristo, no início do seu trabalho, teve muitos admiradores. Judas foi precisamente um admirador, e portanto mais tarde se tornou um traidor. É tão fácil julgar as estrelas quanto julgar que aquele que somente admira a verdade vai se tornar um traidor, quando o perigo surgir. O admirador perde a razão com a falsa segurança da grandeza; mas se há qualquer inconveniência ou problema, ele pula fora. Admirar a verdade, em vez de segui-la, é um fogo tão suspeito quanto o fogo do amor erótico, que com uma virada de mão pode se tornar exatamente o oposto: ódio, ciúmes e vingança.<br /><br />Existe a estória de um outro admirador - foi Nicodemos (Joao 3:1 em diante). A despeito do risco para sua reputação, Nicodemos foi somente um admirador; ele nunca se tornou um seguidor. É como se ele pudesse ter dito a Cristo: "se nós conseguirmos chegar a um compromisso, você e eu, então eu aceitarei seu ensino pela eternidade. Mas aqui nesse mundo não, eu não posso admitir. Você não poderia abrir uma exceção para mim? Não seria suficiente, de vez em quando, sendo um grande risco para mim, se eu viesse até você durante a noite, mas se durante o dia (sim, confesso, eu mesmo sinto quão humilhante é isso para mim, quão vergonhoso, de fato quão grande ofensa é para você) eu diga: "eu não te conheço"? Veja a teia de inverdade em que um admirador pode se emaranhar.<br /><br />Nicodemos, estou bem certo, foi com certeza bem-intencionado. Eu também estou certo de que ele estava pronto para garantir e reafirmar, com as expressões, palavras e frases mais fortes, que ele aceitava a verdade do ensino de Cristo. Porém, não é verdade que quanto mais fortemente alguém faz afirmações, enquanto sua vida continua sem mudanças, mais ele está apenas fazendo se si mesmo um tolo? Se Cristo tivesse permitido uma edição mais barata de ser um seguidor - um admirador que jura por tudo o que é mais alto e sagrado que ele está convencido - então Nicodemos poderia muito bem ter sido aceito. Mas não foi!<br /><br />Agora suponha que não haja mais nenhum perigo especial, como é sem dúvida o caso em tantos dos nossos países cristãos, ligados pela confissão pública de Cristo. Suponha que não haja mais a necessidade de andar pela noite. A diferença entre seguir e admirar - entre ser, ou pelo menos esforçar-se para ser - ainda existe. Esqueça esse perigo ligado a confessar Cristo e pense no perigo real que é ligado inevitavelmente com o fato de ser um cristão. O Caminho - o requisito de Cristo para morrer para o mundo, abandonar o que é mundano, e seu requisito de auto-negação - isso tudo não contém perigo suficiente? Se o mandamento de Cristo fosse para ser obedecido, eles não constituiriam um perigo? Eles não seriam suficientes para manifestar a diferença entre um admirador e um seguidor?<br /><br />A diferença entre um admirador e um seguidor ainda continua, não importa onde você esteja. O admirador nunca faz sacrifícios verdadeiros. Ele sempre joga na segurança. Apesar de nunca mostrar exaustão em apontar com palavras, frases e canções o quanto ele aprecia Cristo, ele não renuncia nada, não abandona nada, não vai reconstruir sua vida, não vai ser aquilo que ele admira, e não vai deixar sua vida expressar aquilo que ele supostamente admira. Não é assim com o seguidor. Não, não! O seguidor aspira, com todas as suas forças, com toda a sua vontade, ser aquilo que ele admira. E então, notavelmente, mesmo vivendo no meio de um "povo cristão", o mesmo perigo resulta para ele como foi o caso na época em que era perigoso confessar Cristo abertamente. E por causa da vida de seguidor, tornar-se-á evidente quem são os admiradores, pois os admiradores vão se tornar agitados perto dele. Até mesmo o fato dessas palavras estarem presentes da forma que estão aqui perturbará muitos - mas aí eles devem da mesma forma fazer parte dos admiradores.Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5037276145692997382.post-17292926730510769162009-02-10T04:43:00.000-08:002009-02-10T04:45:36.722-08:00Respondendo à DúvidaVocê já esteve em dúvida? Eu tento imaginar se você já recebeu as marcas da imitação. Eu tento imaginar se você largou tudo para seguir a Cristo. Eu tento imaginar se sua vida tem sido marcada pela perseguição.<br /><br />De fato, muitos duvidaram. E houve aqueles que se sentiram na obrigação de rejeitar suas dúvidas com razões. Mas essas razões saem pela culatra e estimulam uma dúvida que se torna cada vez mais forte. Por quê? Porque demonstrar a verdade do cristianismo não está nas razões mas na imitação: isso é o que se assemelha à verdade. Mesmo assim nós cristãos preferimos deixar de lado essa prova. A necessidade de "razões" já é um tipo de dúvida - a dúvida se alimenta de razões. Nós falhamos em notar que quanto mais alguém avança com razões, mas ele alimenta a dúvida e mais forte a dúvida se torna. Oferecer razões à dúvida para matá-la é simplesmente como oferecer a um monstro faminto a comida que ele mais gosta de forma a eliminá-lo.<br /><br />Não, nós não devemos oferecer razões à dúvida - pelo menos não se nossa intenção é matá-la. Nós temos que fazer como Lutero fez, ordenar à dúvida que se cale, e para esse fim nós devemos nos manter calados.<br /><br />Aqueles que vivem suas vidas imitando a Cristo não duvidam de tais coisas como a ressurreição de Cristo. E por que não? Porque suas vidas são tão extenuantes, tão gastas através de sofrimentos diários que eles são incapazes de se sentar ociosamente e manter a companhia de razões e dúvida, brincando de par ou ímpar. Em segundo lugar, a necessidade por si só apaga a dúvida. Quando é por uma boa causa que você é desprezado, perseguido, ridicularizado, vive em pobreza, então você vai perceber que não duvida da ressurreição de Cristo, porque você precisa dela.<br /><br />Sem uma vida de imitação, de seguir a Cristo, é impossível ganhar domínio sobre as dúvidas. Nós não podemos parar de duvidar por meio de razões. Aqueles que tentam isso não aprenderam que é um esforço inútil. Eles não entendem que a imitação é a única força que, como uma força policial, pode dispersar a multidão de dúvidas, limpar a área e compeli-las a ir para casa e travar suas línguas.<br /><br />Lembre-se que o Salvador do mundo não veio para trazer uma doutrina; ele nunca deu aulas. Ele não tentou, por meio de raciocínios, prevalecer sobre alguém para que aceitasse seu ensino, nem tentou autenticá-lo através de provas demonstráveis. Seu ensino foi sua vida, sua existência. Se alguém queria ser seu seguidor, ele dizia para aquela pessoa algo do tipo: "Aventure-se num ato decisivo; entao você pode começar, então você vai saber."<br /><br />O que isso significa? Significa que ninguém se torna um seguidor por ouvir a respeito do cristianismo, por ler sobre ele, por pensar a respeito dele. Significa que, enquanto Cristo estava vivendo, ninguém se tornou um crente por vê-lo de vez em quando ou por ir e fitá-lo o dia inteiro. Não, um certo posicionamento é necessário - aventurar-se num ato decisivo. A prova não precede, mas segue; ela existe na vida e com a vida que segue Cristo. Uma vez que você se aventurou no ato decisivo, você está em conflito com a vida desse mundo. Você entra em colisão com ela, e por causa disso você vai ser trazido gradualmente a tal tensão que então você será capaz de ter certeza do que Cristo ensinou. Você vai começar a entender que você não pode resistir a esse mundo sem recorrer a Cristo. O que mais alguém pode esperar por seguir à verdade?<br /><br />Isso é o que Cristo também diz, e essa é a única prova possível para a verdade do que ele representa: "Se alguém quer agir de acordo com o que eu digo, ele vai experimentar se eu estou falando por minha própria conta." Aventure-se a dar todas as suas posses para o pobre e você certamente experimentará a verdade dos ensinos de Cristo. Aventure-se uma vez a tornar-se completamente vulnerável em favor da verdade, e você certamente experimentará a verdade da palavra de Cristo. Você experimentará como ela sozinha pode salvá-lo de se desesperar e de sucumbir, pois você precisará de Cristo tanto para proteger-se contra os outros como para manter-se em pé quando a consciência da sua própria imperfeição poderia derrubá-lo.<br /><br />Sim, a dúvida ainda virá, mesmo para aquele que segue Cristo. Mas a única pessoa que tem o direito de dar um passo adiante, mesmo com uma dúvida, é alguém cuja vida carrega as marcas da imitação, alguém que, através de um ato decisivo, pelo menos tenta ir tão longe que tornar-se um cristão ainda pode ser uma possibilidade. Todos os outros precisam prender suas línguas; eles não têm o direito de dizer uma palavra sobre o cristianismo, e muito menos contra.Claus Meinhof Graf von Stauffenberghttp://www.blogger.com/profile/09157013748813598777noreply@blogger.com0